das inquietações #3
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- lugar ao acaso de palavras que não aconteceram e de 'átomos ardentes de imperecível pensamento'-
longo, labiríntico o caminho nos pés e no estremecimento deu-se A. para a floresta profunda. a floresta profunda nos seus braços era o não-caminho, que era a resolução e a sorte, que era o encontro que findava no lugar de si, ainda não a morte. a floresta profunda era o princípio, o seu princípio de tudo, onde estava o céu entrando pela terra dentro como se a terra fosse vazia e o lugar da sombra de A. a intersecção primeira de si com o regresso.
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Texto originalmente publicado aqui.
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seja o terror da janela dando para todo o lado. seja o que em ti escondes. seja a direcção do vento a pulsar no teu destino. seja o que não és nas outras palavras porque te desconheces. seja a comoção suspendendo-te por dentro. seja a palavra para sempre esvaída.
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mais perto de teus pés me quiseste, encontrando-me aqui nesse outro momento de perfeitas esferas, a comunhão. o teu diálogo aberto para nada que em palavras se disse, disse-me jurando que eram não as palavras mas o céu dessa outra vez no negrume do esquecimento. água, e o sorriso na noite posta quando acreditaste que as aves te sobrevoavam a casa fechada lá fora e te disseste “outra vez as palavras e as aves”. então adormeceste, nos treze segundos perfeitos antes do dia nascer.
* - texto dialogado a partir de 13 (in Entre Ausência e Esquecimento, 1991), de João de Mancelos
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o dia em nenhum lugar parte. fantasmas de noite e de luz, e gente abraçando a clareira em chama que ombreia com as estrelas que nunca partem também. o teu pensamento das árvores partidas ao meio dentro do chão, de manhã, separadas do seu destino como a perderem-se por dentro nas folhas, desassossegando os olhos. tudo o que são, isto, tempo dentro de nada. a noite em nenhum dia chega.
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