estória
(I)
imensamente implicada no acontecer daquele dia, A. decidiu que o tempo seria o que dele nascesse, o que dele não sobrasse como circunstancial. irrompeu como caminho, ele próprio sem modo. não olhou para trás para que a vontade não fosse a mesma de ontem nem jamais a de amanhã. em cada milhar de rostos que fitou, viu o assombro de uma revelação.
(II)
quase de partida outra vez, nos olhos olhados antes, padeceu de um estremecimento que era maior que o seu corpo. habitando o estremecimento na tentativa de o compreender, percorreu todas as ínfimas possibilidades do seu não-caminho para ter a certeza que o conhecia ao outro, o caminho de depois. A. era o estremecimento na pessoa que queria ter um lugar para ir, o ir de não ficar, o ir de saber que era adiante. A. tinha sombra, existia portanto.
(II)
quase de partida outra vez, nos olhos olhados antes, padeceu de um estremecimento que era maior que o seu corpo. habitando o estremecimento na tentativa de o compreender, percorreu todas as ínfimas possibilidades do seu não-caminho para ter a certeza que o conhecia ao outro, o caminho de depois. A. era o estremecimento na pessoa que queria ter um lugar para ir, o ir de não ficar, o ir de saber que era adiante. A. tinha sombra, existia portanto.
Exercício em construção e em diálogo com o trabalho de ilustração de Atsushi Fukui, originalmente publicado aqui (versão texto).
Etiquetas: ficções
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