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sexta-feira, março 23, 2007

under

O milagre.

foto: A.L.

quarta-feira, março 21, 2007

"Sabemos hoje mais, não porque anteriormente a nós tenham sabido menos, mas porque os homens do passado, pensando como homens e vivendo a aventura humana da inteligência, foram abrindo caminho, desde as pinturas rupestres à ultrapassagem do som e à ultrapassagem da luz, que correspondem já ao presente futuro que vivemos."


João Ribeiro da Silva, especialista em Bioética
foto: R.G.

domingo, março 18, 2007

D.P.S.


O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;

For you bouquets and ribbon’d wreaths—for you the shores a-crowding;

For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
Here Captain! dear father!
This arm beneath your head;

It is some dream that on the deck,
You’ve fallen cold and dead.


W.W. , "Leaves of Grass", 1900

segunda-feira, março 12, 2007

A canção do escravo ou reivindicação em marcha

A relação entre a música, enquanto impulso ao serviço da liberdade de expressão, e a luta pelos Direitos Humanos remonta aos finais do séc. XIX, quando as canções de trabalho entre os escravos no sul da América do Norte preconizavam a revolta e reivindicavam direitos que levarão depois cerca de um século a ser reconhecidos.

Definida por Luís Trindade como “um dos elos principais entre povos, gerações e culturas”, “fonte de irradiações dos seus tumultos” e “vanguarda da sua existência”, a música foi, ao longo do século passado, instrumento de luta, arma de arremesso e oportunidade de expressão na luta pela afirmação dos Direitos Humanos. De facto, “em todo o lado onde há um poucos de liberdade, onde se exprime alguma revolta, o rock está presente, como um estandarte de ritmo e sons”, como afirmou Philippe Paraire, escritor francês autor de diversos livros sobre música, cinema, ambiente, entre outros.

Esta relação entre a música e a luta pelos Direitos Humanos remonta, no entanto, ao final do século XIX, com as chamadas canções de trabalho dos escravos sulistas da América do Norte, que, mais tarde, nas primeiras décadas do século seguinte, darão origem ao aparecimento do blues. Na sua génese, a música do escravo acaba por constituir-se como possibilidade única de enunciação do macabro e trágico aprisionamento de que este é vítima e, por isso, também, acto de consciência, relativamente a si próprio e aos outros. Além disso, segundo Simurs Campbell, estes cânticos de trabalho funcionarão também como oportunidade de diálogo entre os escravos que assim passam a poder comunicar entre si, sob códigos que só eles entendiam e, por isso, e mais importante, sem o patrão compreender: “Os negros trabalhavam e cantavam juntos e muitas destas canções tinham um significado que só eles entendiam. (…) Era frequente entre os negros darem asilo aos seus irmãos perseguidos que vinham pedir-lhes refúgio e, na altura própria, comunicavam-lhes em código a urgência de abandonarem a plantação nessa noite. Tais letras misturadas nas canções conhecidas tinham um enorme significado para os ouvidos negros.”

Com a abolição da escravatura, em 1865, estas canções libertam-se do guilho do medo e do anonimato e projectam-se como a voz de uma classe social esmagada, cuja condição mais não é do que o prolongamento de um estatuto histórico que se demora silenciosamente e que jamais lhe será negado. A instabilidade e insegurança provocadas pela crise do algodão, pela industrialização da agricultura, pelo consequente êxodo em massa dos campos para as cidades empurram e devolvem os negros à servidão, à segregação em guetos, à miséria de que procuravam desesperadamente fugir. Os direitos cívicos recentemente adquiridos passam assim a ser uma miragem e o blues de Leadbelly, Robert Johnson, Josh White, John Lee Hooker, entre muitos outros, o célebre e derradeiro suspiro de uma reviravolta em marcha.

foto: Hersande Hudelot


Texo originalmente publicado em Humana Online.

domingo, março 11, 2007

confronto e probabilidade

A propósito da escravatura em África:

"Até ao séc.XIX todas as nações coloniais praticaram a escravatura. As chamadas colónias de plantação careciam de mão-de-obra adaptada às condições do meio que só podia ser obtida mediante a compra de escravos no continente africano. Os navios empregados no tráfico dirigiam-se aos portos de embarque onde se encontravam estabelecidos os intermediários - os negreiros - que geralmente obtinham as peças [entenda-se, os escravos] por meio de permuta feita com os régulos indígenas, visto estes disporem despoticamente da liberdade e da vida dos súbditos além de possuírem também escravos e de poderem sempre obter mais através de rapina e de guerra com outras tribos. "

Marcello Caetano, Portugal e o Direito Colonial Internacional, Lisboa, 1948, p.46.



"Na generalidade, é a elite das diversas categorias sociais que controla o poder efectivo. Mas essa elite não é livre de fazer o que quer. Deve antes velar pelo respeito dos privilégios socialmente reconhecidos. É todo um sistema montado para a manutenção de um equilíbrio e de uma ordem tradicionais a preservar antes de tudo."

Conclusão do estudo de Pathé Diagné acerca das artes da África negra, citado por José Capela em Escravatura, 2ª ed., Porto, Afrontamento/Bolso/7, 1978, p.94.


Conclusão: uma questão de perspectiva, etnocentrismo, ignorância ou negligência?

quinta-feira, março 08, 2007

o dia mais deprimente do ano (ou o non-sense do feminismo)

O dia da mulher cai-me mal. Além das flores que neste dia se oferecem ao desbarato e que não aprecio particularmente (não me perguntem porquê porque nunca soube explicar), não gosto do ambiente que se vive neste dia. Não gosto, sobretudo, da forma como as mulheres se pavoneiam pelas ruas, da forma como são idolatradas, quais princesas à beira de um ataque de tarouquice. Não gosto, além disso tudo, do escárnio disfarçado com que a maior parte das pessoas, homens e mulheres, aprovam os rituais à volta desta benção idiota, do simbolismo, da tentativa inconveniente e do esforço forçado de nos tornar iguais ou superiores quando somos diferentes e apenas isso. E ainda bem.
Não duvido, no entanto, que as intenções sejam boas e que haja quem adore a forma como a sociedade nos goza neste dia. Da minha parte, no entanto, não me ofereçam flores nem me desejem um bom dia da mulher. Guardem essas lérias para vocês. Por favor. Haja pachorra. Pior, pior, só mesmo o dia dos namorados.

being green


Os jardins verticais de Patrick Blanc, botânico francês, constituem o último grito da revolução dos espaços ou daquilo que convencionalmente nos habituámos a chamar de eco-arte ou arquitectura eco-consciente. Em termos práticos, trata-se de substituir o betão pela natureza endémica, o ruído visual pelos contrastes timbrosos, a organização histérica pela desorganização espontânea, o enfadonho pelo primoroso.

Pura simulação (uma vez mais) da utopia ou o futuro do presente? Para quando a possibilidade de comungar do passado, do presente e do futuro simultaneamente?

foto: Jesús Rodríguez