confronto e probabilidade
A propósito da escravatura em África:
"Até ao séc.XIX todas as nações coloniais praticaram a escravatura. As chamadas colónias de plantação careciam de mão-de-obra adaptada às condições do meio que só podia ser obtida mediante a compra de escravos no continente africano. Os navios empregados no tráfico dirigiam-se aos portos de embarque onde se encontravam estabelecidos os intermediários - os negreiros - que geralmente obtinham as peças [entenda-se, os escravos] por meio de permuta feita com os régulos indígenas, visto estes disporem despoticamente da liberdade e da vida dos súbditos além de possuírem também escravos e de poderem sempre obter mais através de rapina e de guerra com outras tribos. "
Marcello Caetano, Portugal e o Direito Colonial Internacional, Lisboa, 1948, p.46.
"Na generalidade, é a elite das diversas categorias sociais que controla o poder efectivo. Mas essa elite não é livre de fazer o que quer. Deve antes velar pelo respeito dos privilégios socialmente reconhecidos. É todo um sistema montado para a manutenção de um equilíbrio e de uma ordem tradicionais a preservar antes de tudo."
Conclusão do estudo de Pathé Diagné acerca das artes da África negra, citado por José Capela em Escravatura, 2ª ed., Porto, Afrontamento/Bolso/7, 1978, p.94.
Conclusão: uma questão de perspectiva, etnocentrismo, ignorância ou negligência?
"Até ao séc.XIX todas as nações coloniais praticaram a escravatura. As chamadas colónias de plantação careciam de mão-de-obra adaptada às condições do meio que só podia ser obtida mediante a compra de escravos no continente africano. Os navios empregados no tráfico dirigiam-se aos portos de embarque onde se encontravam estabelecidos os intermediários - os negreiros - que geralmente obtinham as peças [entenda-se, os escravos] por meio de permuta feita com os régulos indígenas, visto estes disporem despoticamente da liberdade e da vida dos súbditos além de possuírem também escravos e de poderem sempre obter mais através de rapina e de guerra com outras tribos. "
Marcello Caetano, Portugal e o Direito Colonial Internacional, Lisboa, 1948, p.46.
"Na generalidade, é a elite das diversas categorias sociais que controla o poder efectivo. Mas essa elite não é livre de fazer o que quer. Deve antes velar pelo respeito dos privilégios socialmente reconhecidos. É todo um sistema montado para a manutenção de um equilíbrio e de uma ordem tradicionais a preservar antes de tudo."
Conclusão do estudo de Pathé Diagné acerca das artes da África negra, citado por José Capela em Escravatura, 2ª ed., Porto, Afrontamento/Bolso/7, 1978, p.94.
Conclusão: uma questão de perspectiva, etnocentrismo, ignorância ou negligência?
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