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segunda-feira, outubro 29, 2007

d.

Aos que existiram algures sem eu saber.

Coisas pequenas e inacabadas, palavras submersas desenterradas de um tempo que nunca existiu a não ser nas mãos que imaginavam o silêncio circunscrito na roda do mundo todo. Imaginemos. Comecemos de novo como se o tempo fosse uma porta, uma canção, uma espera sempre inadiada.

Imagem: Jean Arnold

sexta-feira, outubro 26, 2007


heima on tour

domingo, outubro 14, 2007

manhã


Atrás da porta, as palavras, um vagar de luz que se misturava com a promessa do dia inverso que crescia pelo corpo dentro. O dia foi ontem. O dia foi um qualquer demorando-se pungente em cada hora, como se cada hora fosse ela própria o dia, a lucidez. O dia foi um imenso vendaval de ciclos invertidos, árvores desgraçadas que nasceram ao contrário, marés que naufragaram, ventos que se embrulharam, silêncios que atordoaram casas, corredores de pedra, catedrais e séculos. Findo o instante último da noite, a manhã verteu-se no horizonte, profetizando-se no adeus retido para sempre, na certeza carregada pelo corpo todo que se adiava nas escadas, nas paredes conjuntas que dividiam o hoje do ontem, nas portas que se abriram para se partir. Além da terra e por baixo, o corpo e o tempo permaneciam, existiam, desencontrados. Por fim, a manhã adiou-se também e o dia foi o dia que não teve noite e que trouxeste contigo. Esse dia e essa manhã que não podes lembrar e que permanece em cada noite que não termina, em cada dia que não acontece.

Imagem: Jean Arnold

quarta-feira, outubro 10, 2007

Imagine Peace Tower*


Ilha de Videy, Islândia
09-10-07

*- monumento erguido em memória de John Lennon e um tributo à paz no mundo.

antigo largo do porvir (II)


Foto: Nokkvi Eliasson