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domingo, fevereiro 25, 2007

A maior das revoluções é aquela que escancara, sem preconceitos, aquilo de que é feito cada um de nós. A reportagem que recomendo é sobre isso mesmo: a nossa fraqueza, as ilusões pelas quais nos batemos uma vida inteira, o nosso medo, a nossa alienação ponderada e consciente.

Divulguem.

sábado, fevereiro 24, 2007



I know people need love.
Chris Corner

foto: Krueger

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Sólarkaffi




on the earth’s part
all days start beautifully
patiently it revolves and revolves
with its trees and oceans and lakes
deserts and volcanoes
the two of us and the rest of you
and all the animals.

Pétur Gunnarsson
(poeta islandês)


O sol regressou à Islândia. Depois do inverno, dos dias cheios de noite, os islandeses voltam a receber o sol, com panquecas e café, momento que se celebra todos os anos nas zonas mais rurais do país. Um ritual que junta as famílias para festejar os primeiros vinte minutos de sol do ano.

sábado, fevereiro 10, 2007

mudança


foto: krueger

Então a vontade. E a matéria a abarrotar de pensamentos abrigados no medo de ser diferente.

No céu, apenas a glória jugulada, numa miríade de constelações possíveis e no deserto penoso de um mantimento sem água nem alimento.
À porta, o corpo sem sangue nem oxigénio, à espera da sentinela parceira e do guardador de esperanças.
Na janela, o esboço de um olhar acrescentado pelo reflexo e pela contemplação do efémero.
Por dentro, o interior a disputar intensamente o exterior, e a multiplicação do desgosto, dividido às partes por cada uma das condenações.

Em todo o lado, a convicção da possibilidade penitente, do enlace da noite com o dia, do decoroso com a miragem disso mesmo.

Apenas a transgressão.

No fim, e por isso, o reivindicar, a condensação sujeita, a necessidade, a palidez e o espectro do movimento, a certeza do aditamento, o desarranjo da mudança, a vontade sempre incerta, polémica e fatigante.

Nunca mais tarde, nunca depois. No momento certo.


Texto originalmente publicado em Minguante nº4

terça-feira, fevereiro 06, 2007

apologia do suspeito

Em Apologia da História Política. Estudos sobre o séc. XX Português, Maria de Fátima Bonifácio afirma que:

"Por muito que se tenha a cultura na conta de uma dimensão fundamental da existência humana, e por muito que nos emocionemos com um acontecimento que revolucione a arte, por exemplo, é difícil sustentar que este seja de maior consequência para a humanidade do que têm sido as decisões e as acções, alegadamente fúteis, de reis, generais e governantes."

Porque tem que ser ou porque queremos que assim seja? Slavoj Zizek talvez dissesse que é o que parece, e não o que é realmente.