multiplicidades
Seja o céu da noite que atravessas onde te demoras, esse lugar proibido. Seja o mais antigo silêncio que gritas contigo, a morrer no sítio que nunca serás. Seja o delirante poema que encontraste na estrada debaixo de ti a percorrer-te por onde te escondeste. Seja a sombra, excêntrica verdade de ti, o acto de loucura que são as palavras. Seja o espectro do teu próprio corpo contra a luz a debater-se. Seja por onde fores que não chegas sem passar primeiro por todos os teus sonhos que dizes não terem sido teus. Seja o céu da noite que atravessas onde te demoras, esse lugar proibido. Seja mil vezes a imaginação, mil vezes as palavras, mil vezes tu no que fores nessas mil vezes de sonho, céu e noite.
Originalmente publicado aqui.
Etiquetas: evidências
4 Comments:
Adorei.
Felicitate ! ( em latim escrito, com cristalina vivacidade dito )
Inquietante.
Ainda o tempo possui o segredo e a peste, quando o inicio das cidades se ergue do teu próprio corpo. Seja.
Simplesmente divino!
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