nascimento
Os prédios altos em forma de morte nascem no Teu Berço. O Teu Berço, Meu o espanto colossal, rompendo pela janela e pela madrugada luminosa. As revelações tuas no instante de uma noite dentro de si, sem casa e apenas noite do dia sem começo. Aquém, os lençóis quedam-se brancos, e no entanto, imaculados e perfeitos de uma ausência que é Senhora no Berço e a Negação. Não durmo, não sonho. Não durmo, não sonho. Serei esta história interminável, sem interdição nem o contratempo que é o limite do meu nascimento. E sonho-me, só depois da negação, como impossível de mim, na permanência de não ser sonho. Podes tu embelezar-me dentro do tempo ou fora dele. Tu escolherás, querendo como ser, sendo, querendo ser como o tempo, nada. E depois, na morte, serei alguma coisa mais. O fim do sonho, serei.
Etiquetas: da génese
4 Comments:
Brilham os olhos com o pulsar das palavras, as tuas.
Gosto muito.
O sonho nasce-te nas mãos e estrangula o meu tempo. A premência de se ser tempo nos sonhos diurnos. Porque de noite, são pesadelos.
Diálogo. A respiração. Palavras.
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