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sábado, março 22, 2008

do vazio


Marco Paoluzzo


A caravana seguia desinforme, como musgo na terra a perscrutar o silêncio dos passos desmedidos sem norte nem frente. Revolvia-lhe o vento o recato e a ausência, improvisando-lhe única a vertigem possível do destino que existia como tempo e perplexidade. A caravana era um conjunto mal escolhido de homens e mulheres diferentes porque iguais a todos os outros homens e mulheres da Terra. Mas seguiam na caravana e essa caravana era a história do dia que amanhecera infinito sobre si próprio, uma caravana feita de andamentos descontinuados e auroras indesejantes que não terminavam no sonho da noite imperfeita a morrer no dia. Por fim, os rostos quedavam-se uns nos outros e forasteiros daquele lugar improvável do silêncio, atreviam-se depois a olhar o horizonte perfeito como único acaso diverso de um fim imenso, consumado desde a origem.

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