breve diálogo sobre o olhar
prelúdio
O indiscreto e pungente olhar que não tinha era usado como compromisso de ver para além do vazio. Importava-lhe apenas o silêncio que lhe era uma promessa de retorno insustentável ao seu reduto onde não existiam conclusões impostas ao pensamento de si sobre os outros. Julgava a compreensão da ausência do olhar como estigma que o responsabilizava pelo atrevimento da insuportável imaginação.
diálogo
- “Eu queria perguntar-te em que olhas quando pensas mas tu pedes-me para te pensar enquanto te olho.”
- “Porque não te olho sem pensar que o olhar não existe mas apenas o pensamento sobre o olhar. Se soubesse que existias, não te olhava.”
Etiquetas: da génese
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