Com o que é que sonhaste esta noite?
H. não, jamais me respondeu. Por isso agora emudeceu ao fim da tarde sobre o dia de chuva quente, muito quente, tão quente que lhe há-de apetecer despir a pele e ficar somente como um fim da própria alma.
- Mas então, porque perguntaste?
O silêncio cabe-te todo impossível dentro de ti. As tuas palavras são um rumor violeta, abeirado numa pequena esquina depois de amanhã.
- Pergunta-me outras coisas que não peço. Mas não me perguntes pelo sonhos.
Não pergunto. O teu depois acontece ao mesmo tempo que o meu.
Etiquetas: ficções
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