o dia (imitação)
Por causa da noite, e de muitas outras coisas que então não lhe ocorriam, não atravessou a estrada. Ficou a vê-la atravessada no espaço a caber cheio de possibilidades, como se tudo se resumisse a um minuto de imaginação e dele não dependessem todos os outros que se seguiam. Aquela cidade abendiçoada era a história última de um dia inteiro sem ter que ser o primeiro em nada. O ser o último chegava-lhe muito bem. Ainda que isso significasse ficar no mesmo lugar, horas e horas sem, sem fim. Porque o fim, esse, era ali mesmo, debaixo dos seus pés.
Etiquetas: ficções
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