<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d11610014\x26blogName\x3devidence+and+chlorine\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://claya.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://claya.blogspot.com/\x26vt\x3d-1991354280544663519', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

segunda-feira, maio 19, 2008

da culpa e as palavras

O teu silêncio que é um fulgor. Não as palavras que te são a excessiva lucidez das sentenças, e que são aquém de quando não dizes nada. Mil vezes o diálogo da inexistência, mais perverso e impaciente que a ficção de dizer contingente: a vertigem do imaginado céu. Não. Não as tuas loucas frases ou o desmerecimento da inconclusiva manhã dos braços ou as palavras intensamente desertas. Mil vezes o segredo das circunstâncias, mortas em suspenso no íntimo do lugar exíguo, o teu silêncio. A desconjuntada multidão de palavras que imperdoáveis te adivinham, não. Não, se assim miserável te conténs e assomas objecto, mera proibição. Nada, dizes do afronto, e é desmedida a desordem, do que és finalmente, pelas palavras. As palavras que te excedem no imprevisto e não no limite. Não as palavras. Que dessas palavras serão de ti o som que nunca ouviste de ti mesmo. Nem a amplitude da possibilidade desinquieta de ti sem as palavras que se desinteressam, a tua improvisação. E as palavras, desdém de um labirinto descontínuo que a comunicação em si, eis através, vaticina. Sempre, não as palavras e o teu silêncio que é um fulgor.*

* - texto originalmente publicado em Minguante #10.

Etiquetas:

2 Comments:

Blogger Tyler said...

Reconfortante, ainda que fugaz, a quietude no silêncio.

09 junho, 2008 14:14  
Blogger Sandra Guerreiro Dias said...

Refúgio que é a própria quietude, espécie de palavras sem ruído.

10 junho, 2008 01:40  

Enviar um comentário

<< Home