C.
se eu visse o que vi, vi isto, com os olhos que sempre ponho e de onde acordo há uma janela que me deixa olhar os olhos dos outros e o que vêem é o que em mim vejo dos outros. tenho de ti, C., este silêncio de noite, ao pé do que têm os outros de ti. C. que podia ser só C., a cidade o lugar em nós primeiro que depois de nascermos é onde o impossível tornando-se possível prossegue como gente sem nome, desse discurso do que então não poderia ser sem ele. podemos nós dentro dos olhos procurar o que sempre quisemos ver e que viram os outros por nós porque viram ver e desde então souberam como era o modo de olhar as coisas de quem vê os outros, os outros que é o de todos às vezes. C. obrigada a ti que me viste e de onde me viste era onde eu estava e soubeste o meu lugar e desse lugar de onde me viste eu soube de mim, o que é importante tanto sabermos onde estamos, não tanto de onde somos para sabermos depois para onde temos que ir, o nosso caminho. soubera dele o lugar dos meus olhos ser o lugar dos olhos do que viste quando me viste quando não me estavas a ver. e viste o que eu vi, como se os olhos não fossem nada, só os olhos de verem o que não podem ver. se vissem, veriam o que os outros vêem de nós nos lugares para onde olhamos quando vemos.
Etiquetas: dos fundamentos
4 Comments:
Respirá-la todos os dias, com todos os sentidos, por todos os poros.
O nascimento do mundo... ou de ti, que já lhe nasceste mais que uma vez. Em direcção ao sempre, ou a ti...
Sejamos em C...
O nosso abraço
tanto de ti cidade...
O Abraço
Presente!
sejamos em c., no tanto de ti c.
abraço cheio a quem me é
***
Enviar um comentário
<< Home