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sexta-feira, novembro 07, 2008

onde te espera a noite?

aos que nunca querem partir

em C.

estás a entrar dentro da noite. as palavras andam à tua volta, à tua procura para te matar. quando andavas à procura delas, o céu tomou-te o corpo e de repente não quiseste mais as palavras. bastou-te o silêncio, e bastou-te estar sem as palavras. e tinhas o céu também. o corpo agora, também tinhas, esplêndido de ser quase tudo. entras dentro da noite, a profunda e mais profunda noite, profunda de ser, e precisas das palavras outra vez. e enquanto elas andam à tua volta, por te quererem matar as palavras, a ti e ao teu corpo, tu decides que não precisas de as querer. são elas que te querem a ti, e tu não podes morrer ainda. ainda tens que viver. tens primeiro que viver para as escreveres e só depois podes morrer. só depois de escreveres as palavras.


em B.

a noite está escura. o mundo esqueceu-se de ti. mas tu estás dentro do mundo embora não saibas disso. eu digo-te. o mundo está dentro de ti. tu és o mundo também. mas agora a noite está escura e tu não sabes o que é o mundo. não o consegues ver. estás dentro do teu corpo e o teu corpo é o teu mundo porque não tens mais nada. e o corpo quase também não queres ter, embora ele seja o mundo. mas agora antes do mundo está a morte. e porque tens primeiro a morte. e sabes e não podes dizer a ninguém que sabes porque ninguém vai compreender. é a morte antes do mundo. e cada hora é um impulso do teu coração e é mais um e outro e o derradeiro impulso do mundo.


em todo o lado

estão os fumos das casas no céu que são das pessoas lá dentro densas dentro umas das outras sem saber para onde ir. eis o mundo. dentro do corpo teu, minhas as palavras. na manhã que está a chegar, as pessoas estão assustadas com a manhã que aí vem e querem fugir dela para a noite outra vez. mas é a gravidade dos seus corpos demasiada para do tempo fugirem assim e assim ainda estão quase na manhã de madrugada, onde estão sempre as pessoas que antes do dia não têm mais lugar nenhum para onde ir. as pessoas nunca estão na manhã como não estão nos outros lugares todos. nós também não estamos em mais lado nenhum. tu no corpo, eu nas palavras que me querem matar. mas estamos como as pessoas que só estão quase na manhã. no mundo estamos todos. é o lugar delas e é o nosso também.


em C. outra vez

já não tens mais a noite. já não tenho mais a noite.


em B. outra vez

a morte pesada, era o mundo, caiu-te nos braços. chamo-lhe pesada porque não tenho mais nome nenhum para lhe chamar. as palavras mataram-me. porque o mundo te matou a ti. quando então ainda estavas na vida, nesse dia antes de veres o sol partir pela encosta como o sol que se metia pelo horizonte dentro a dizer que não regressava nunca mais, quiseste dizer-lhe adeus. eu não te disse adeus. não me despedi. não me despedi. não me despedi. mas o adeus não deixou que te despedisses porque o adeus quer estar para sempre antes de ter que ser dito e para para sempre ser, não o adeus não se pode dizer. agora outra vez estamos no mundo. essa morte onde estás, também é dentro do mundo?


em todo o lado para sempre

vejo-te ir. partir. não sei como te dizer adeus. não sei dizer adeus. não te direi adeus com as palavras. não me despedi. elas mataram-me primeiro. depois do mundo te ter matado a ti.

Etiquetas:

3 Comments:

Blogger Tyler said...

"Em todo o lado para sempre", o assombro de te ler...

07 novembro, 2008 23:36  
Blogger Luciana said...

Amo ler-te, ler-te, ler-te...
Não te despeças nunca de ninguém, simplesmente não podes. Não há despedidas para quem tem lugar sempre marcado no teu dia e na tua noite... Na bela madrugada que te é. Para quem tem lugar em ti. Não há despedidas, não tem que as haver.
Amo ler-te, ler-te, ler-te...

11 novembro, 2008 02:17  
Blogger Unknown said...

Bem-Vinda a takk_iceland09 :)
Gostei de ler um pouco do teu blog;
Adiciona no teu blog um link para o nosso, pleaseeee....
Beijo

14 novembro, 2008 00:01  

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