Tantos, tantos outros... Os esquecidos, os putativos, os representativos, os imaginários, os solidários, os pseudo, os quase, e os do sorriso simpático.
obrigada por me incluires nesse rol de pessoas que associas à toque da Cabra, sei bem como esse discurso de agradecimento e louvor às pessoas que nos fazem sentir menos só se faz... ontem chorei ao teu ombro, não foi decerto por causa do pó que as pessoas dançantes levantam da terra seca ao som de músicas inesquecíveis, foi sim por causa de um pó maior, de um névoa que se instala no nosso coração, e que não é apenas um névoa sem cor nem som, é um névoa de lucidez, de um brilho lusco-fusco que conforta a solidão e deixa entrever a esperança em que nos devemos refugiar.... és tu que ultimamente (só?) me tens falado dessa esperança, dessa coisa a que nos devemos agarrar com alma, unhas e dentes. Às vezes, quer dizer, muitas vezes, mesmo muitas até, duvido das minhas forças, duvido daquela famosa claridade que ordinariamente dizem existir ao fundo do túnel, duvido, duvido...mas depois de molhar os pés em água morninha e encostar a face na almofada, tudo parece menos duvidoso e, então, a névoa transforma-se menos penosa e mais colorida, soprando-me ao ouvido, que não está encostado à flanela quente e macia, coisas de encantar e enganar, moldando a lucidez com tons claros de sol
"I know not what tomorrow will bring" Foi exactamente isto que o mestre da lucidez alienada escreveu antes de esticar o pernil [desculpem-me a expressão demasiado caseira e carnívora] ironia? Não, pura verdade!
"Tentas saltar a lacuna, retomar a história agarrando-te ao pedaço de prosa que vem a seguir, rasgado como o bordo das folhas separadas pelo corta-papel. Não reencontras nada:" IC
4 Comments:
Tantos, tantos outros...
Os esquecidos, os putativos, os representativos, os imaginários, os solidários, os pseudo, os quase, e os do sorriso simpático.
E os presuntos omissos... (saudosista!)
Isso é com o Teixeira de Pascoaes ou comigo? :)
minha cara alienlamb,
obrigada por me incluires nesse rol de pessoas que associas à toque da Cabra, sei bem como esse discurso de agradecimento e louvor às pessoas que nos fazem sentir menos só se faz... ontem chorei ao teu ombro, não foi decerto por causa do pó que as pessoas dançantes levantam da terra seca ao som de músicas inesquecíveis, foi sim por causa de um pó maior, de um névoa que se instala no nosso coração, e que não é apenas um névoa sem cor nem som, é um névoa de lucidez, de um brilho lusco-fusco que conforta a solidão e deixa entrever a esperança em que nos devemos refugiar.... és tu que ultimamente (só?) me tens falado dessa esperança, dessa coisa a que nos devemos agarrar com alma, unhas e dentes. Às vezes, quer dizer, muitas vezes, mesmo muitas até, duvido das minhas forças, duvido daquela famosa claridade que ordinariamente dizem existir ao fundo do túnel, duvido, duvido...mas depois de molhar os pés em água morninha e encostar a face na almofada, tudo parece menos duvidoso e, então, a névoa transforma-se menos penosa e mais colorida, soprando-me ao ouvido, que não está encostado à flanela quente e macia, coisas de encantar e enganar, moldando a lucidez com tons claros de sol
"I know not what tomorrow will bring"
Foi exactamente isto que o mestre da lucidez alienada escreveu antes de esticar o pernil [desculpem-me a expressão demasiado caseira e carnívora] ironia? Não, pura verdade!
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