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sábado, dezembro 09, 2006

paralelo

Da parede amarela reteve apenas as sombras negras que lhe atravessavam os olhos e a doença devoradora que saía do escuro. Do gozo dos corpos, a lucidez com que se tinham defrontado. Depois, saiu a correr e levou consigo a imagem daquele céu a arder e da possibilidade esgotada no silêncio desleal das perguntas cheias de resposta. Afinal, tudo não passara novamente de uma oportunidade esguia, de uma pouca sorte que a sua santa e devota Providência lhe coleccionava dia a dia. Tudo não passava, aliás, dessa morte prematura que o enviuvara à nascença e cuja fronte era a do passageiro que habita o último vagão do comboio e que chega sempre em último ao destino que o espera. No mais, o seu fadário era o de um garimpeiro, o de um filantropo desenraizado, traído no íntimo do seu desvario. Os seus desejos, crenças e ideais eram, no entanto, como as dos outros todos, tão impossíveis quanto possíveis. Porque eram coisas e apenas coisas.

Texto publicado em minguante nº3