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domingo, outubro 15, 2006

visível vs invisível


Por oposição ao que alguns escreveram, "A Barreira Invisível" não tem nada a ver com o padrão de filmes de guerra já vistos. Ele é, sobretudo, um filme de antagonismos genuínos que revela a linha ténue entre o são e o insano. Se "justificado" ou não, necessário ou não, há muito de insano na experiência de guerra. Ela existe e não pára de se recrear.
Este filme, ao contrário de outros (como o Resgate do Soldado Ryan, também do mesmo ano), nunca levanta a ideia de que devemos apenas parar de guerrear, com a simbologia antitética do bom versus mal (ou EUA vs Resto do Mundo). Ao invés, faz uma análise da guerra como algo intrínseco à espécie humana, e mostra como os seres humanos enquanto indivíduos se adaptam a qualquer circunstância, mantendo-se a comer, a respirar e sim, a matar.
É mais do que um filme, é um workshop intensivo sobre como viver no fio da navalha ou, se preferirem, sobre a fina linha vermelha. A forma como as perspectivas humanas de um dos mais brilhantes elencos jamais vistos em cinema é retratado.
Como todas as obras de arte, as películas têm uma influência preponderante na mente humana. Desde a beleza à dor, do triunfo ao desespero. Este filme cumpre todos os requisitos, não caíndo no erro hollywoodiano de manipular os espectadores mais patriotas.

JC