<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d11610014\x26blogName\x3devidence+and+chlorine\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://claya.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://claya.blogspot.com/\x26vt\x3d-1991354280544663519', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

segunda-feira, abril 30, 2007

deserção ou a indiferença em massa

" (...) como não assinalar em Maio 68 a deserção e a indiferença que trabalham o mundo contemporâneo: 'revolução sem finalidade', sem programa, sem vítima nem traidor, sem enquadramento político, Maio 68, a despeito da sua utopia viva, continuava a ser um movimento laxista e descrispado, a primeira revolução indiferente, prova que não há motivo para se desesperar do deserto."

in Gilles Lipovetsky, A Era do Vazio, 1983, p.43.

sexta-feira, abril 27, 2007

tentativa


Coisa nenhuma se supera sem que a alegoria
seja a da própria fuga.

sexta-feira, abril 13, 2007

promessa


"A história dirá a última palavra sobre as ideias deste tempo. Mas quer-me parecer que denunciará de uma penada o erro fundamental que há nelas. Ser-lhe-á difícil perdoar três ou quatro premissas necessárias a uma vida social digna, como é difícil perdoar a um arquitecto a planta de uma casa sem janelas."

Miguel Torga, in Diário IV
foto: Davy, 1989

quinta-feira, abril 12, 2007

e.e.e.l.f.

Planando sobre aquilo que tu chamas de infinita sombra do céu, haverá uma vez em que teremos a possibilidade de experimentar o dom da inexistência. Não agora, mas apenas durante a penúltima ária, ou os breves segundos que nos são concedidos antes de nos esgotarmos. Então saberemos transfigurar o instante, substituir o compromisso pela vigília, a fuga pelo remanso. Saberemos construir ansiosamente o esforço da significação que nos abrevia.

Mais à vontade, sentar-nos-emos à mesa, sabendo ambos que apenas nos sobra o último compasso antes da partida. E por isso, desviaremos o olhar para o lugar mais estranho do mundo, esse que é habitado pela promessa que se debate entre o promontório e o fim, o princípio e a ilusão desse princípio.

Por agora, invoca-me. Aprecia-me pois o medo que tenho de estar só no mundo. Sujeita-me e fecha-me nesse teu regaço de ausência impossível. Destrona-me. E não me deixes estranhar o delírio, a caridade da tua severa indulgência porque isto sou apenas eu a existir através da alucinação neutral em que me obrigas a demorar.

No entanto, tenho em mim a certeza que antes de nos dissolvermos, trocaremos o último trecho do pretexto: qualquer coisa pode ser uma ínfima parte de tudo, morte incluída.

terça-feira, abril 10, 2007

história do instante


O inadiável:a missão túrbida, o desgaste, a extinção do sossego, a multidão que clamava pelo desespero, o pedido, o rumorejo de uma aflição implorada.

segunda-feira, abril 09, 2007

a tradição


imagem: Thorarinn Bodvar Leifsson

O silêncio penetrou as pedras que se atravessavam no caminho ampliando-lhes o sossego e a devoção. enquanto isso, a lua descia sobre os teus ombros, devorando o imprevisto que nos cabia em sorte.